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domingo, 2 de novembro de 2014

IR AO OUTRO MUNDO E VOLTAR


No novo livro de José Rodrigues dos Santos procura-se uma explicação científica para as experiências de quase-morte. Na vida real, a intriga permanece, com relatos coincidentes: luz ao fundo do túnel, bem estar, leveza. A presença de Deus ou uma reacção fisiológica?





Nas fotos do álbum cuidadosamente legendado, Sandra Caroço, 46 anos, aparece sorridente e luminosa, deitada na maca, ligada ao soro. Ninguém diria que, momentos antes, a técnica de dermopigmentação tinha estado às portas da morte. No último dia de férias na Baía, Brasil, Sandra enfrentou uma pratada de caranguejo, mais os devidos molhos e acompanhamentos. Acabado o repasto, foi sentindo o corpo a inchar, a temperatura a subir, um desconforto geral a instalar-se. Quando chegou ao pequeno centro de saúde, praticamente não conseguia respirar. E enquanto esperava que o único médico de serviço terminasse um parto, caiu para o lado, inanimada. Voltou à vida, com uma injecção de adrenalina, numa cena a la Pulp Fiction, e encontrou a amiga e companheira de viagem em pranto, a medir as palavras com que iria contar à mãe de Sandra que a filha tinha morrido.

"Voltei feliz porque estava num lugar muito agradável", justifica, 15 anos depois do episódio. A descrição que faz do que sentiu enquanto esteve inanimada é comum a outras experiências ditas de quase-morte: uma sensação de bem-estar, um ambiente calmo e sereno, uma luz, a visão de uns vultos.

Apesar de controverso, o tema tem sido objecto de estudo e há já algumas publicações científicas que apresentam dados sobre o assunto. Num artigo publicado na revista International Emergency Nursing estima-se que 4 a 9 por cento das pessoas já terá vivido uma experiência do género, uma percentagem que sobe até aos 23% quando se trata de doentes em estado terminal. Mas o mesmo também pode acontecer a pessoas saudáveis, quando estão em perigo. "Em situações de saúde muito graves, sabe-se que são produzidas no organismo substâncias, as endorfinas, que são opióides, como a morfina,  e que quando se libertam dão uma enorme sensação de bem-estar. Está descrito que nas situações de quase-morte, ou mesmo de morte, estas substâncias podem ser libertadas em grande quantidade", explica Diogo Telles Correia, psiquiatra no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e Professor da Faculdade de Medicina.



Por conta das endorfinas


No mais recente estudo publicado pela Universidade de Southhampton, o grupo do investigador Sam Parnia, que se dedica há anos ao assunto, conclui-se que uma pessoa se pode manter consciente até três minutos depois de o coração parar de bater, apesar de o cérebro normalmente se desligar 20 a 30 segundos depois da paragem cardíaca. Parnia avança ainda que as sensações associadas à quase-morte ocorrerão enquanto se está a perder ou a ganhar consciência. E que para elas há duas explicações possíveis: uma resposta fisiológica à percepção de que a vida está em perigo, que surge por acção das endorfinas, ou uma alucinação perante a iminência da morte. 

Para Tiago Reis Marques, psiquiatra e professor no Instituto de Psiquiatria do Kings College, em Londres, há sempre uma justificação fisiológica. "Todas as experiências que fogem ao nosso controlo assustam e levam-nos a procurar interpretações, mas há uma explicação científica, lógica, para cada um destes eventos. Mesmo do ponto de vista evolutivo, faz sentido que ocorra uma sensação de tranquilidade, pois permite que as pessoas mantenham a calma e tentem salvar-se de uma situação fatal, como num afogamento, por exemplo."

A visão de túnel, que também costuma ser descrita nestas experiências, pode ser explicada pela deficiente oxigenação do córtex visual, a zona do cérebro responsável pelo processamento da visão, que provoca um estreitamento do campo visual. "Acontece também, por exemplo, com os pilotos que voam a 4G ou 5G, onde a força gravítica impede a oxigenação adequada do cérebro", explica o investigador. "Já a sensação de estar fora do corpo surge em doenças psiquiátricas, e já foi replicada em laboratório pela estimulação cerebral da região temporo-parietal direita [no cérebro]."



Memória implantada


O conjunto de sensações é tão agradável que há quem procure induzi-la, por hipnose. Mário Simões, psiquiatra e professor de Ciências da Consciência, organiza workshops em que induz estes estados. "Criamos um cenário pacífico, de repouso. E as pessoas até ficam aborrecidas por voltar de lá", conta. Para o psiquiatra, através da hipnose não se faz mais do que ir buscar uma memória que todos nós temos implantada no cérebro. A sua tese é a de que "nascemos com um programa que nos permite dar um sentido a tudo isto, um sentimento de que a morte não é um fim. ?É uma memória atávica, que nasce connosco e é transversal a todos os povos, crenças e idades. Vem ao de cima quando a morte está iminente." Mas, segundo o próprio, é preciso acreditar para que ela surja.

"Só quem busca qualquer coisa é que consegue por esta memória em marcha. Nas pessoas que não acreditam que haja algo mais do que a matéria, nunca vem ao de cima." Depois de uma experiência de quase-morte, ninguém fica igual, relata Mário Simões. ?"A  pessoa vem transformada, tem um sentimento muito forte de contacto com o divino, como se sentisse o poder da cura."

Na vida do arquitecto José Trindade Chagas, 67 anos, há um antes e um depois do acidente que o deixou em coma. Uma queda numas obras mal sinalizadas, na zona do Cais do Sodré, em Lisboa, provocou-lhe uma fractura crânio-encefálica, várias vértebras partidas, e um estado de inconsciência que se prolongou por dias. Do coma, recorda uma escuridão cerrada, um frio intenso e uma solidão sem fim. "Morrer é qualquer coisa de muito penoso". No limiar da vida, José Trindade Chagas teve a percepção de que ia morrer e decidiu resistir. 'Quero viver', pensei. E, a partir daí, deixei de ver escuro e passei a ver umas sombras e umas manchas brancas. Pelo meio, ainda me apareceu um pastor solitário", relata.

"Sabe-se que, em múltiplas situações de doença orgânica, como infecções graves, doenças cardiológicas graves, estados pós cirúrgicos, etc., os pacientes podem apresentar, como consequência de múltiplas alterações que ocorrem no organismo, um quadro de perda de consciência, com desorientação no tempo e espaço, e desenvolvimento de delírios (ideias irracionais, não compreensíveis), que podem estar relacionadas com actividades que costumavam desenvolver, por exemplo", explica Diogo Telles Correia.

José Trindade Chagas dispensa as explicações. A sua recuperação demorou dois anos. Mas o acordar do coma foi o ponto de partida para uma nova vida. Concluiu a sua tese de doutoramento, teve uma filha e passou a dar outro valor aos aspectos mais simples do dia a dia. "Hoje tenho a consciência de como é bom estar vivo. Renasci." A sensação de que terá havido uma força divina a trazê-lo de volta fê-lo reaproximar-se da igreja e até a querer falar da sua vivência, para inspirar outros a apreciarem o que têm.

Em Sandra Caroço, a experiência de quase-morte também deixou uma forte recordação. Já lá vão 15 anos, mas a sensação permanece, forte e prazerosa. Uma reserva de um lugar feliz, a que recorre sempre que precisa.



Fonte: VISÃO



sábado, 16 de agosto de 2014

Vivências em Peri-Morte ou Experiências de Quase Morte (EQMS), como Fenómeno de Expansão da Consciência!? (Dr.Manuel Domingos)

Psicologia Na Actualidade (Março 2014)


As EQMs podem ser integradas na ampla panóplia de fenómenos que consideramos como de expansão da Consciência. Acontecem, particularmente, em situações de paragem cardio-respiratória, acontecendo também em casos de coma e em pacientes anestesiados (menos frequente). Mais adiante voltaremos a esta ideia, quando abordarmos os aspectos dinâmicos deste fenómeno, a todos os títulos, intrigante e de fundamentos elucidativos ainda desconhecidos (apesar da pressa em os justificar fisiologicamente por parte de uma certa franja, fundamentalista, da comunidade científica, com medo que se descubra... bom, sei lá o quê.)

Esta situação é, quanto a nós, que partimos há cerca de 25 anos de uma posição céptica ao observarmos o primeiro caso, algo que hoje se apresenta como inquestionável do ponto de vista da sua veracidade. As explicações avançadas até ao momento, para fundamentar o seu aparecimento e dinâmica, afiguram-se (como deixámos antever no primeiro parágrafo) pouco consistentes e até algo forçadas. Referimo-nos não só às tentativas de fundamentação orgânico-mecanicistas (tantas vezes arrogantes e mergulhadas em “cadinhos de experimentação” animal não humana e, por isso, não extrapoláveis para a nossa espécie... neste contexto), mas também a toda uma panóplia de argumentos “ultra- espiritualistas” que não nos parecem satisfazer, minimamente, os critérios mínimos para que possamos chegar ao porquê das EQMs.

Na realidade, não sabemos o que se passa. Apenas podemos dizer que elas... SÃO! Por isso, e antes de avançarmos, recomendamos humildade, trabalho intenso, multi e interdisciplinaridade e total abertura ao Conhecimento, sem tabus ou “birras” porque temos à força que explicar, fisicamente ou espiritualmente, o fenómeno de modo forçado, para que não percamos o estatuto (mas qual estatuto?). Meus senhores e minhas senhoras, estimados leitores, o Saber não pode assentar numa “Feira de Vaidades” e assumir a ignorância sobre determinados factos não nos deve “beliscar o Ego”, nem provocar um catastrofismo de identidade intelectual. Afinal há tanto por conhecer, muito por descobrir e uma miríade de interrogações para reflectirmos e investigarmos, que se conhecêssemos tudo, cairíamos num “definir c’est finir” no pior dos sentidos. Por isso, vamos lá falar verdade e não ter problemas em dizer: EQMs? Existem sim mas não sabemos como se processam. Fenómeno estranho? Claro que sim. De contornos a roçar o esotérico (no sentido literal do termo)? Pois então (e não se assustem com a palavra que até vem no dicionário e que é, tão só e precisamente, o inverso de exotérico). Mas fascinante, muitas vezes regenerador do Eu que a “sofre” e, indiscutivelmente, um “apetite” para os investigadores, despretensiosos e não-fanáticos, da Consciência e dos seus Estados Alterados que, de uma forma tantas vezes a roçar a dedicação monástica (sem que isso signifique clausura), abraçam a pesquisa, respeitando o tema, com saudável, entrega, temor, dúvida, teimosia e coragem, enfrentando a tradicional “velharia do restelo” (retrato do, tradicional, atraso nacional e da, tenebrosa, mentalidade de “loby”) que ainda anda por aí e que gostava de condenar a uma ardente fogueira sócio-intelectual os que se atrevem a demandar.

Mas em que consiste tal fenómeno? Podíamos escrever dezenas de páginas sobre este aspecto mas o espaço concedido não nos permite tal. Por isso iremos abordar as manifestações das EQMs que consideramos nucleares, em termos de frequência e de impacto na pessoa.

Mas afinal, e retomando as ideias iniciais deste trabalho, o que se entende por EQM?

Para começar... nada do “outro mundo”.

Podemos conceptualizar o termo Experiência de Quase-Morte (EQM) como sendo um conjunto de senso-percepções com ou sem movimento associado, intensamente vivenciadas numa situação de Estado Alterado de Consciência. Estão, predominantemente, associadas a situações de morte clínica (paragem cardio-respiratória, mais ou menos prolongada, com traçados de ECG isoeléctricos), podendo também acontecer em pacientes anestesiados ou em estado de falência (não total) de determinados parâmetros orgânicos.


As pessoas que vivenciaram fenómeno, relatam, geralmente, uma série de factos comuns a uma larga percentagem de quem passou por tal. Temos, como mais frequentes:

1 Um estado de perplexidade por não entenderem, de imediato, a nova  "realidade" em que se encontram
2    um sentimento de paz interior;
3    a sensação de flutuar acima do seu corpo físico;
4    autoscopia
5    a percepção da presença de pessoas ou seres incorpóreos, à sua volta;
6    visão de 360o;
7   ampliação dos vários sentidos;

8  comunicação telepática;

9  a sensação de viajar através de um túnel intensamente iluminado no             fundo;

10 revivescência “relâmpago” dos, principais, factos da vida.

Devemos alertar os leitores para o fac­to de nem todas as vivências terem esta constelação de manifestações. Assim, nem sempre há a “visão” do (famoso) túnel ou os encontros com os “seres de luz” (curioso que até alguns pacientes agnósticos ou ateus, que acompanhei, assim se referiram a eles). Outro aspec­to importante a referir é que nem todas as EQMs são positivas (“visões fantas­magóricas” e ameaçadora), embora es­tas sejam uma minoria, não se sabendo o porquê de tais desvios do habitual. Certo é que, mesmo nestes casos, a ge­neralidade das pessoas, que observá­mos, referem mudanças positivas no seu quotidiano, para com os outros e para consigo mesmo. Mas, vejamos o que se passa, geralmente, após a vivência.


ALTERAÇÕES BIOPSICOSOCIAIS, PÓS EQM:

Na realidade, a maioria dos pacientes alteram, significativamente, a opinião que possuíam em relação a si e ao mundo que os rodeia.

As mudanças comportamentais são (como foi referido), regra geral, significativamente positivas. O principal factor para as alterações de atitudes poderá ser a perda do medo da morte (tanatofobia) ou mesmo a convicção, adquirida, de que essa transição vital não existe.

Passam, pois, a valorizar mais as suas vidas e a dos outros; reavaliam os seus valores, éticos e as prioridades “habituais”; tornam-se mais serenos, confiantes e solidários.

Mas não ficam por aqui as modificações do “Eu” pós-EQM. Assim, não é raro serem relatadas aquisições do que poderemos chamar faculdades hiper-psicofisio-lógicas (termo que nos veio à ideia para não usarmos... parapsicológicos, palavra que tanta “urticária” causa aos nossos positivistas mas que faz parte do vocabulário, quotidiano, de investigadores em áreas tão diversas como as neurociências, psicologia, antropologia, física quântica ou teologia, que descomplexada e empenhadamente se debruçam sobre os mistérios da Consciência por esse mundo fora, incluindo Portugal... embora aqui em número, ainda, reduzido.


Essas faculdades distribuem-se por 3 categorias:

1 Psi-Kapa − telecinése (movimento).

2 Psi-Gama − clarividência, telepatia, precognição.

3 Psi-Teta − multi-dimensionalidade do “Eu” (onde poderemos inserir as EQMs, até que novos dados, fundamentados de modo sólido e inequívoco, nos façam rever esta posição).



E, como se explicam as EQMs?

Em nossa opinião, e não só, frise-se bem que não há (de momento) nenhuma explicação satisfatória que nos leve a “embandeirar em arco” e a dizer que redescobrimos a pólvora. Nada disso. Apenas afirmamos que existem e que os que as vivenciam (analfabetos, doutorados, crentes, ateus...) as descrevem como reais e, tantas vezes saudavelmente, modificadoras da sua estrutura bio-psico-social de base (como já referimos). Também afirmamos que não são fenómenos patológicos apesar de se poderem manifestar em pessoas psicologicamente alteradas, claro. Mas a grande maioria foge a essa norma. Os relatos são, na maioria dos casos, bem estruturados e com sequência lógica. Nada que se assemelhe com alucinações ou dissociações, como defendem muitos investigadores apressados em explicar a “pura e dura” mecânico-dinâmica do fenómeno (porventura com medo de um dia correrem o risco de terem que admitir que a mente é bem mais do que um produto do, exclusivo, encéfalo, sem pôr em causa o papel relevante, desta nobre estrutura, na dinâmica da Psykê).

Muito nos “perderíamos” em considerações que dariam um livro ou quase mas, com já referimos anteriormente, não há “espaço gráfico” que nos permita estender a prosa. Só mais alguns considerandos. Primeiro, e isto é fundamental, existem milhões de relatos, por esse mundo fora, que se sobrepõem em termos de semelhança descritiva (não acredito que, apesar da proliferação, dos meios de comunicação onde insiro as redes sociais, as pessoas se ponham num qualquer facebook ou similar a combinarem umas com as outras dizerem que viram o bisavô quando estiveram “mortas” só para espalhar a confusão, irritarem os cientifico-positivistas ou encherem de gaudio os ultra-espiritualistas). Segundo, e digo-o mais uma vez e de forma veemente, essas pessoas (crianças, adultos, idosos) não mentem, até porque muitas delas nem sonhavam com a confrontação de tal cenário, de que nunca tinham ouvido falar. Terceiro, admito (tal como tantos outros estudiosos do fenómeno) que as descrições são contaminadas pelo contexto sócio-cultural e até religioso (ou não) em que as pessoas estão inseridas; mas tal não tira, qualquer, legitimidade à essência das EQMs.

Reportando-me a uma situação particular que são as EQMs em cegos de nascença não entendo como alguns cientistas, ou meros leitores da literatura sobre o fenómeno que nunca passaram pelo contacto com quem teve a vivência ou pesquisaram “ao vivo” fosse o que fosse, podem (por exemplo) afirmar que a explicação assenta numa actividade residual da visão para explicar o “túnel”. Disse...cegos de nascença que têm EQMs sobreponíveis aos que possuem uma visão normal. Como diria o saudoso Fernando Pessa: “E esta hein?"

Portanto, e finalizando esta prosa polémica acerca de um assunto ainda mais polémico, diremos que há muito para palmilhar com a tal persistência, abertura e humildade. Se assim se fizer, todos ganharemos independentemente do que, no final, se venha a apurar. Ninguém vence, ninguém perde; todos seremos beneficiados com a melhoria do Conhecimento do “Eu interior” e dos seus mistérios, banhado que está nessa grande bolha que é a inefável Consciência. Ora, já me esquecia as EQMs não provam (nem deixam de provar) que haja vida para além da morte. Afirmar ou aventar isso com base nas ditas seria um erro de palmatória. Serão, na nossa modesta opinião, sublimes fenómenos dinâmicos da expansão da nossa Consciência, que acontecem em determinado “contexto vital”.

Tudo o que se disser, agora e nos tempos que se seguirão, em jeito de afirmação peremptória será mais especulativo do que a própria especulação e, em certa medida, uma forma de fuga para a frente afim de não se perder o tal estatuto de sabedoria. E, terminando, volto a perguntar: qual estatuto? Para quê um estatuto? Convençamo-nos que estamos aqui para conhecer, mesmo que isso implique desconhecer, e ajudar o próximo numa entrega total. Por isso seria bom, como fazem os nossos colegas estrangeiros, criar consultas de atendimento a quem passa por EQMs. Não para tratar nenhuma disfunção (na maioria dos casos), mas para orientar quando existe perplexidade sobre o que se passou e/ ou se irá passar a seguir.



Manuel Domingos

- Coordenador da Unidade de Neuropsicologia do Centro Hospitalar de Lisboa
- Professor da Universidade Lusíada de Lisboa